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Linguagista

«Fita do tempo»

Ora esta

 

 

      Estamos sempre — qual é a dúvida? — a aprender. Numa mensagem de correio electrónico, um militar fala-me da «fita do tempo» de certas actividades. Nunca tinha lido ou ouvido tal expressão. Distraí-me em algum momento, pois Boaventura de Sousa Santos tem, sei-o agora, uma obra com o título A Fita do Tempo da Revolução (Edições Afrontamento). Na sinopse, pode ler-se: «O texto que vos apresento tem um nome estranho, Fita do Tempo. Não é uma metáfora poética sobre o passar do tempo. É o nome militar do registo de operações. Tal como na Marinha há o diário de bordo, no Exército há a fita do tempo. Trata-se do registo das operações que na noite de 24 para 25 de Abril de 1974 derrubaram a ditadura...»

 

[Texto 1158]

A abreviatura: FFAA

Abreviaturas

 

 

   «As FAA deverão dispor de estruturas, dispositivos e forças em condições de, etc.» E por ali abaixo, dezenas de vezes, FAA. Não pode ser: se dobra o A, de «Armadas», também tem de dobrar o F, de «Força». FFAA. Claro que nunca mais ouvi ou li a expressão «Forças Armadas» que não me lembrasse da «Força Armada» do preclaro VPV.

  «O objectivo era, creio bem, sair das FFAA logo que pudessem» (Os Anos Decisivos: Portugal 1962-1985. Um Testemunho, César de Oliveira. Lisboa: Editorial Presença, 1993, p. 124).

 

[Texto 1157] 

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