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Linguagista

«Autotransplante/alotransplante»

Tudo num dia

 

 

      «O autotransplante de medula óssea de Reynaldo Gianecchini realizado na quinta-feira, em São Paulo, foi bem-sucedido. “O procedimento ocorreu sem interferências e o paciente ficará internado para recuperar”, disse a equipa médica. Especialistas já afirmaram que o ator brasileiro pode voltar ao trabalho em junho» («Transplante em ator foi bem-sucedido», Diário de Notícias, 14.01.2012, p. 45).

   Por sugestão minha, o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora já regista – ao contrário do que acontecia às 11h17 de hoje – o vocábulo «autotransplante». Curiosamente, aquele dicionário já registava «alotransplante», o transplante de órgãos ou de tecidos entre indivíduos da mesma espécie, mas geneticamente diferentes.

 

[Texto 4487]

T de quase tudo

Apartamentos e tumores

 

 

      Quando ainda nem todos os falantes sabem sequer exactamente o que é aquele T dos apartamentos, T0, T1, T2, etc., eis que vem algo semelhante para os tumores. O tamanho do tumor e a sua relação com os tecidos vizinhos é subdividido em graus, de T0 (lesões não invasoras) a T4 (lesões muitíssimo invasoras). T de «tipologia», T de «tumor». Como também há, e têm de ser interpretadas em conjunto, uma escala para a metastização nos gânglios linfáticos, de N0 (sem metástases) a N3 (com metástases em gânglios afastados). Mas isso já é conversa para geneticistas clínicos.

 

[Texto 4486]

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