Escrever é isso
«De há muito [sic] que, nestas linhas, se fala da questão escocesa e do referendo que entretanto terá lugar. E obviamente, qualquer que seja o resultado, das suas repercussões sobre a questão catalã, basca, flamenga e do Norte de Itália. E bem assim das inúmeras dificuldades que uma eventual acessão da Escócia à independência trará à União Europeia» («O ricochete inglês (da Europa para a Escócia)», Paulo Rangel, Público, 9.09.2014, p. 44).
Claro que sim, «acessão», de «aceder», mas a mim ocorre-me logo o conceito jurídico. E a Paulo Rangel, licenciado em Direito, não? O que está em causa é a escolha da melhor palavra, que não foi a mais adequada, como também neste caso: «O caso mudou de figura no fim-de-semana que passou, porque apareceram sondagens que dão uma vitória ao “sim”
à independência ou que, pelo menos, apertaram, e muito, a anterior diferença entre o “não” e o “sim”. Devo dizer que, embora nunca tenha afastado e não afaste um prognóstico de vencimento do “sim”, estimo que o “não” acabará por ganhar.»
[Texto 5024]