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Linguagista

Pronúncia: «própolis»

Mais uma silabada

 

 

      Vim agora do Celeiro, no Centro Comercial Colombo. Então não é que a empregada que me atendeu não sabia pronunciar a palavra «própolis»? Nem sempre estou para isso, mas hoje, sem parecer que o estava a fazer, mostrei-lhe como se pronuncia a palavra. Não sei se ela ganhou o dia, mas eu pratiquei a minha boa acção.

 

[Texto 5102]

Escrever e depois reler

De jacto, e depois reler de-va-gar

 

 

      «Só por isso, Costa deveria
 ter enviado flores e beijinhos a Seguro. Se é certo que as primárias nasceram para o desgastar e atrasar o processo de sucessão,
 a verdade é que Seguro acabou por lhe prestar um enorme 
favor. O varapau com que se quis defender de Costa foi o bastão
 que o entronizou» («A tramóia acabou em glória», João Miguel Tavares, Público, 30.09.2014, p. 48).

  A última frase só se percebe porque, como leitor, temos muito boa vontade. À letra, significa que aquele metafórico varapau serviu para Seguro se defender e entronizar, que não é, como sabemos, o que o cronista quis dizer.

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[Texto 5101]

Aprender a brincar

Didáctico, explicativo e... lúdico

 

 

      «O desafio é da RTP2, que através da imagem e entretidos diálogos se propõe dar a provar aos portugueses os vinhos mais representativos de cada uma das regiões. Verdade do Vinho é um programa com treze episódios, que conta com o apoio da ViniPortugal e vai para o ar a partir das 22h50. […] E a principal característica que logo se destaca é o seu estilo ao mesmo tempo entretido e também vincadamente didáctico e explicativo sobre os vinhos das diferentes regiões» («Ao que sabem, como e onde se fazem os melhores vinhos de Portugal», José Augusto Moreira, Público, 30.09.2014, p. 11). Acho que já percebemos a ideia. Para quem ainda não percebeu: «Percursos onde, a par do conhecimento, a vertente de espectáculo e entretenimento acena sempre também ao telespectador.» Tem de ser lúdico, como também nas escolas, ou os meninos não gostam.

 

[Texto 5100]

Como se tudo fosse inglês

A ninguém

 

 

    «Acompanhou as vitórias do “socialismo democrático” em Portugal, sem nunca cortar “as pontes” com o outro lado, o PCP e a extrema-esquerda. Ser-lhe-ia difícil fazê-lo. Tinha muitos amigos desse lado. E o seu próprio pai, o escritor Orlando da Costa, foi um histórico militante comunista, que gostava de debater política e se habituou com dificuldade a ouvir o filho referido como “o doutor António Costa”, em vez do tratamento caseiro que lhe dispensava: babush, menino, em concanim, de Goa» («O que muda com António Costa à frente do PS», Paulo Pena, Público, 30.09.2014, p. 4).

    O objectivo é só um: que todas as línguas se pareçam com o inglês. A quem, com os pés bem assentes na terra e na língua portuguesa, ocorre representar daquela maneira a palavra concani?

 

[Texto 5099]