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Linguagista

Regência do verbo «comparar»

Por vezes soa melhor

 

      Hoje uma pessoa disse-me que aprendeu que o verbo «comparar» tem duas regências. É verdade. Comparar com e comparar a. A primeira é mais antiga e a segunda surgiu mais para evitar aquele com-com, comparar com. Aprender, e aprender sempre. Winston Churchill, uma das mais admiráveis personalidades do século XX, também dizia que estava sempre pronto a aprender, apesar de não gostar do papel de aluno.

 

[Texto 5584]

Léxico: «iurta»

Não é assim que se defende a língua

 

      Nesta reportagem, no Telejornal de ontem, sobre um casal jovem que trocou a cidade pelo campo e vive de forma ecológica, na aldeia de Soajo, em Arcos de Valdevez, usou-se a palavra «yurt», precisamente como o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora a regista, com a seguinte definição: «abrigo com forma circular, que consiste numa capa de tecido resistente e uma moldura [?] de madeira, usado pelos nómadas da Àsia [sic] Central». Tanto quanto sei, trata-se de uma tenda ou abrigo subterrâneo. Seja como for, não é assim que se defende a nossa língua, pois há abonações com largas décadas das grafias iurte e iurta.

 

[Texto 5583]

Pronúncia: «hepatite»

Generalizado

 

      Nunca se falou tanto — nem, sobretudo, tão mal — de hepatite. Quase toda a gente (ministro da Saúde, médicos, enfermeiros, jornalistas, etc.) agora diz «hêpátite». (Mas também dizem «Alexandre Hérculano».) Esquecendo o mais elementar que se aprende na escola primária, trocam átonas por tónicas.

 

[Texto 5582]