Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Todos os plurais

Pois claro

 

      «Mas Michael Mann cita, por exemplo, o insuspeito Ernst Nolte, que, num clássico de 1963 (Der Fascismus in seiner Epoche), identificou um “mínimo fascista”, o qual combina três “antis” ideológicos: o antiliberalismo, o anticonservadorismo e
 o antimarxismo. No esmagador History of Fascism (1995), Stanley Payne considera a definição de Nolte insuficiente, mas adere à sua ideia de que o antimarxismo constitui uma das características essenciais do fascismo» («Fascismo é quando um homem quiser», António Araújo, Público, 31.05.2016, p. 44).

      Com isto já concordo (embora não me faça esquecer o «sufixo»). Seja qual for a classe gramatical a que pertença um vocábulo, é susceptível de se pluralizar. Mas vão lá explicar isto a certos professores catedráticos e a alguns gurus das letras, desses que lamentam que Eça tenha errado por não escrever Os Maia...

 

[Texto 6853]

«Nacional-socialismo»

Onde está o sufixo?

 

    «Em O Pavilhão Púrpura, Rodrigues dos Santos sustenta que o “fascismo alemão” se chamava “nacional-socialismo” por uma razão muito simples: o sufixo “socialismo” significa que o nazismo é um movimento de origem marxista» («Fascismo é quando um homem quiser», António Araújo, Público, 31.05.2016, p. 44).

    E também é sufixo quando um homem quiser — ou apenas quando coincide com o que a gramática descreve?

 

[Texto 6852]

Pág. 1/38