E não se fala mais nisso
«Parece quase um milagre que, face à violência do abalo que acordou o Centro de Itália na manhã de ontem — o terceiro em menos de três meses —, não haja notícia de nenhuma vítima mortal. Com intensidade de 6,5 na escala de Richter, o sismo com epicentro a seis quilómetros de Núrsia foi o mais forte no país desde 1980, quando um sismo de intensidade 6,9 matou mais de 2700 pessoas» («Núrsia desespera com três sismos em menos de três meses», Pedro Crisóstomo, Público, 31.10.2016, p. 22).
A imprensa portuguesa ainda não sabe exactamente se o epicentro foi em Núrsia, Nórcia ou Norcia. O Jornal de Notícias arrisca mais, e em parágrafos seguidos usa duas formas diferentes. Eu, como nas minhas breves deambulações religioso-teológicas tenho encontrado São Bento de Núrsia, não tenho mais argumentos. Mas pode não ser a melhor opção, pois norcino é, em italiano, o matador de porcos, salsicheiro, o que está relacionado com Norcia, «famosa tra l’altro per l’industria tradizionale della salatura e dell’insaccatura delle carni suine». Mas até em italiano nursino é variante antiga (porque directamente do latim) de norcino. Sendo assim, opto por Núrsia/Nursinos/nursino.
[Texto 7210]