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Linguagista

«Maçaroca/massaroca»

Está mal, pá

 

      E a propósito de beijoca e de outras palavras igualmente patuscas terminadas em -oca, lembrei-me do par maçaroca/massaroca, que nem professoras/autoras distinguem e conhecem. Digo e provo. «— Sim, pá. Maçaroca, pilim, bago ou, se preferes um termo menos vulgar, dinheiro. Trago aí uma verdadeira fortuna em notas e sobretudo em moedas» (Uma Aventura na Televisão, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Lisboa: Editorial Caminho, 2.ª ed., 1998). A espiga de milho é maçaroca; o termo popular para dinheiro é massaroca. Eu sei que há dicionários que apenas registam «maçaroca» para as duas acepções.

 

[Texto 7191]

Tradução: «morreo»

Morno, morno...

 

      Uma das centenas e centenas de palavras de uso diário que não encontramos no Dicionário de Espanhol-Português da Porto Editora, e noutros, evidentemente, é morreo. Beijos há muitos. Os Romanos, por exemplo, distinguiam — e praticavam, o que é melhor — o osculum, o beijo amistoso, do basium, o beijo amoroso, e o suavium, o passional. Pois bem, o morreo dos nossos vizinhos é o nosso linguado, o beijo mais ou menos demorado em que as línguas se tocam. Não estar nos dicionários bilingues só pode ser mau. «Beijoca», verte aqui o tradutor. Nada disso. Se até se diz, em castelhano, comerse la boca...

 

[Texto 7190]