A descoberta dos verbos
Mas são verdes
«Daí, o ver-mo-lo a saltitar, ininterruptamente nesta época, da redacção do Eco Popular (1848-1849) para a do Jornal do Povo (1849-1851); desta para a da Semana (1850) de Lisboa, onde escreveria a peça O Lobisomem, único texto publicado postumamente» (Camilo Castelo Branco: Roteiro Dramático dum Profissional das Letras, Alexandre Cabral. Lisboa: Edições Terra Livre, 1980, p. 81).
Não eram ainda os tempos acelerados de hoje em dia, nem se tinha à disposição a informática, mas já se viam estes erros. Então não é «vermo-lo» que se escreve? É uma forma do Infinitivo Pessoal Presente: vermos — vermos + o — vermo-lo. Todas as pessoas: ver, veres, ver, vermos, verdes, verem. Com o pronome: vê-lo, vere-lo, vê-lo, vermo-lo, verde-lo, verem-no. Não é para todos os camilianistas, mortos ou vivos...
[Texto 7257]