«Adictivo», pois claro
Aqui não há somas
«“São pessoas com 50, 60 ou mesmo 70 anos que, por causa das dificuldades relacionadas com a ida para o desemprego, porque as microempresas que os empregavam fecharam às centenas, recaíram nos consumos. Alguns tinham casas, famílias constituídas e compromissos que deixaram de poder cumprir e, com a baixa tolerância à frustração que os caracteriza, voltaram aos consumos injectáveis”, contextualiza João Goulão, o director do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Adictivos e Dependências (SICAD) e um dos anfitriões da Lisbon Addictions 2017 — a segunda conferência europeia sobre os comportamentos adictivos que começou ontem e que até amanhã reúne em Lisboa 1200 especialistas na matéria, provenientes de 70 países» («Salas de “chuto” e kits anti-overdose serão os próximos passos», Natália Faria, Público, 25.10.2017, p. 15).
Faz Natália Faria muito bem em corrigir: não é «aditivo», mas «adictivo». Felizmente, o Departamento de Dicionários da Porto Editora aceitou, já lá vão mais de dois anos, a minha sugestão, pois também grafava «aditivo».
[Texto 8262]