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Linguagista

Língua, dialecto

E o barranquenho

 

      «As línguas faladas em Portugal não estão no estudo, mas podemos ver o seu estatuto no Ethnologue. O português tem o estatuto “nacional”, enquanto o mirandês (na zona de Miranda do Douro) é “regional”. Depois há o barranquenho (de Barrancos), que está “ameaçado”, ou o caló (a variedade do romani falado na Península Ibérica pelo povo cigano), “em desenvolvimento”. “E alguns resquícios de ladino ou judeu-espanhol. Essas são mesmo as mais conhecidas”, destaca Vera Ferreira, responsável pelo Arquivo de Línguas Ameaçadas na Universidade de Londres» («Há línguas quase extintas. Como podemos salvá-las?», Teresa Serafim, Público, p. 19).

      Língua, dialecto... é um debate infindável. Seja como for, passemos ao Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Aqui, barranquenho não é língua, nem dialecto, nem nada relacionado com tal domínio. Caló, por sua vez, é a «linguagem própria dos ciganos espanhóis». Já minderico, que não aparece neste excerto do artigo, é «variante linguística falada em Minde». Parece-me que há aqui algum trabalho para fazer.

 

[Texto 8481]

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