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Linguagista

Regência nominal

Pode ser crucial

 

      A regência, tanto a verbal como a nominal, tem ou pode ter uma importância decisiva na compreensão dos enunciados verbais. Vejamos dois casos no sítio da Rádio Renascença. Ontem, um dos títulos era «34 bispos chilenos pedem a resignação ao Papa» (18.05.2018, 12h45, Ângela Roque). Percebe-se logo, claro, mas eu, apressado, li «34 bispos chilenos pedem a resignação do Papa». Pois, o sentido é diferente. Dois dias antes, outro título me chamou a atenção: «Religiões unidas na rejeição à eutanásia» (16.05.2018, 7h10, Ângela Roque e Filipe d’Avillez). «Rejeição à»?

 

[Texto 9246]

Regência nominal

Não sabem reger(-se)

 

      «Nenhum deles deixaria, se as suas cronologias fossem diferentes, de aplaudir as intervenções de Miss De Havilland nos tempos conturbados da reeleição de Roosevelt: indefetível apoiante dos Democratas, foi também uma feroz combatente ao que considerava serem a propaganda e as infiltrações comunistas. Última ironia: nesse momento de avanço público, o seu grande apoio foi um ator mediano – sejamos simpáticos – chamado Ronald Reagan» («Olivia de Havilland, 100 anos. A que o vento não levou», João Gobern, Diário de Notícias, 1.07.2016, p. 40).

      Não é essa a regência nominal, mas sim combatente de; logo, Olivia De Havilland «foi também uma feroz combatente do que considerava, etc.».

 

[Texto 6928]