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Linguagista

Regência: «propor-se»

Não se esforcem tanto

 

     «Aletta e Peter Stas foram ambiciosos quando, em 1988, se propuseram a criar uma marca acessível de relojoaria» («É possível tornar a relojoaria mais acessível, acredita a Frederique Constant há 35 anos», Inês Duarte de Freitas, Público, 23.11.2023, p. 32).

      Eh pá, não se cansem, não gastem palavras em vão: com propor-se, o melhor é o infinitivo não preposicionado — «Aletta e Peter Stas foram ambiciosos quando, em 1988, se propuseram criar uma marca acessível de relojoaria». Mais simples, mais português e não é preciso decorar regras artificiais.

 

[Texto 19 020]

Regência verbal: «punir com/em/por»

Errado está este

 

      O tal leitor não ficou convencido quanto à regência do verbo condenar. Há-de ser porque está a confundir, o que é tão comum, com verbos sinónimos que têm essa outra regência que atribuiu, erradamente, ao verbo condenar. Errado está isto: «A oferta de bilhetes para jogos na Luz e noutros estádios a um funcionário judicial que, em troca, forneceu informações em segredo de justiça de vários processos em investigação levou à condenação de Paulo Gonçalves por corrupção ativa. O ex-assessor jurídico do Benfica, que era equiparado “a um diretor de primeira linha”, foi punido a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa por igual período» («Ex-diretor do Benfica condenado por corrupção», João Moniz, Correio da Manhã, 23.02.2023, p. 8).

 

[Texto 17 783]