Sobre «bufete»
Por pouco
«El bufete del abogado Mario Pascual Vives», lia-se na edição de ontem do El País, «que defiende a Urdangarin, ha declinado confirmar si hoy está previsto algún encuentro entre el letrado y el duque.»
Nesta acepção, é galicismo que não chegou a este extremo da Península Ibérica. Uf, foi por pouco. Chegámos, todavia, muito perto, pois uma das acepções de «bufete», em português, é secretária antiga; papeleira. Ao que parece — e ao contrário da maioria dos galicismos, que, ou foram adoptados nos séculos XIII e XIV ou no século XVIII e depois –, começou a ser usado em castelhano no século XVI. De mesa de escribir con cajones passou, já se percebe por que processo, a designar o estudio o despacho de un abogado e mesmo a própria clientela del abogado.
[Texto 983]