Metafonia nos diminutivos
Eles são mais constantes
«Os nomes próprios de família», escreve João Batista Gomes na sua obra O Humor do Português (Manaus: Linguativa, 2007), «jamais têm metafonia: os Portos [ô], os Cardosos [ô], os Matosos [ô] – todos com o timbre da vogal tônica fechado.» É verdade, e o mais curioso, acho eu, é que nunca antes o lido em parte alguma. Na mesma página, a 184, porém, o autor pontifica: «Plural de plural metafônico mantém a vogal tônica aberta, mesmo no diminutivo plural: jogos – joguinhos [ó]; novos – novinhos [ó].» No Brasil é essa a pronúncia habitual. Em Portugal, o que verificamos é que ora há metafonia ora não há. Eu, por exemplo, nestes dois vocábulos, não mantenho a vogal tónica aberta. E o leitor?
[Texto 447]