«Info-excluído/infoexcluído»
Com ou sem
«Eu ia dizer uma tolice, que era, se eu mandasse, as escolas abriam hoje a ouvir o discurso de Steve Jobs, em 2005, na Universidade de Stanford. É para ver como sou velhadas e tenho de pensar duas vezes para me dar conta que, ontem, os jovens foram ao YouTube ouvir esse discurso inspirador. Sendo que é melhor ter Jobs em pessoa, no meu ecrã, em vez de aula obrigatória. Eu, infoexcluído militante (desligar e voltar a ligar é o mais longe que vou na resolução dos problemas de computador), descubro na vida e obra de Steve Jobs o sentimento raro que já encontrei ouvindo – eu, ateu – uma missa de rito caldeu na Basílica de São Pedro» («O homem que cuidou dos pormenores», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 7.10.2011, p. 56).
Nos dicionários da Porto Editora, a grafia registada é com hífen: info-exclusão. Neves Henriques chegou a sugerir que se preferisse inforexclusão para evitar o hiato.
[Texto 562]