Sobre «pro-drop»
Para evitar as formas de tratamento
«Formas verbais sem sujeito expresso são formas diplomáticas de tratamento, que permitem evitar elegantemente a dificuldade social das formas nominais. Conhece-se este fenómeno pela expressão inglesa prodrop, construção que deixa cair (drop) o pronome (pro), evitando assim ter de tomar decisões difíceis entre uma panóplia de formas de tratamento» (Discursar em Português... e não só, Isabel Casanova. Lisboa: Plátano Editora, 2011, pp. 82-83). A seguir, os exemplos: «Sabe onde fica a catedral? Quer vir comigo? Pode sair».
Em lado nenhum encontro outra grafia que não seja pro-drop ou pro drop. Quanto a esta característica da língua portuguesa (não se poderia prescindir da expressão, usando sempre em alternativa, como por vezes se vê, sujeito nulo?), sim, é verdade, o que a torna ainda mais maleável e única. Afinal, o universal inglês, por exemplo, não a tem.
[Texto 764]