Conjunção «nem»
Mas repare
«A disciplina do governo económico significará, para nós, uma dieta compulsiva e continuada. Queiramos ou não, acabará por vir à força. É por isso risível escutar aqueles, como António José Seguro, ou como outros socialistas do presente e do passado, que para exibirem o seu imaculado federalismo afirmam que sempre defenderam um governo económico como solução redentora. Como eles se convenceram de que este novo federalismo fiscal será indolor nem implicará austeridade, ninguém percebe» («A austeridade política», Pedro Lomba, Público, 6.12.2011, p. 40).
Nem é, na frase, conjunção coordenativa aditiva? Então onde está, perguntar-se-á o leitor benévolo, a outra oração negativa? Tem, antes, o sentido de e não, mas, por não ser de uso comum e estar a ligar orações de natureza diferente, não será compreendido por todos os leitores.
[Texto 774]