«Educação/instrução»
Já vimos isto
«Mas o caso mais substantivo é a “Educação e Ensino Superior”. O poder das palavras deve ser aqui bem medido. Eu, enquanto pai, agradeço penhorado, mas não preciso de nenhum ministro da Educação. Menos ainda de um ministro da Educação e do Ensino Superior (a natureza judicativa inscrita no nome da pasta não diz muito bem do restante ensino). Preciso, isso sim, de um ministro do Ensino. É que a educação deve ser dada em casa. Na escola, eu espero que instruam, que ensinem — a ler, a contar, a escrever, e depois coisas bem mais sérias, como Geografia, História ou Biologia. A existência de um Ministério da Educação demite os próprios pais do seu maior dever» («O poder da palavra», Jorge Reis-Sá, Público, 15.06.2011, p. 37).
Já tenho escrito sobre a diferença entre «educação» e «instrução», como decerto se lembram. Mas Jorge Reis-Sá decerto não queria que o ministério se viesse a chamar Ministério dos Negócios da Instrução Pública, como no século XIX. Não, vamos mesmo ter um Ministério da Educação, do Ensino Superior e da Ciência, que terá à frente o professor catedrático de Matemática e de Estatística Nuno Crato.
[Texto 172]