Sobre «coevo»
E depois?
Uma professora de História quis saber se podia usar o termo «coevo» (que, contudo, disse ser um «arcaísmo») numa construção como «estas pedras tumulares são coevas dos reis da nossa primeira dinastia». Quis saber — mas tinha as suas ideias. «Vendo bem», concluiu, «não, porque misturamos coisas com pessoas. Melhor será usar “contemporâneo”.» E depois?
«Dominando sobre esses mesmos campos e olivais, coevos de tantas gerações anteriores, etc.», leio nas memórias de Luz Soriano. Está bem, Luz Soriano não é a melhor autoridade. Cá está: Alexandre Herculano nos Opúsculos: «Alli sempre os nossos bispos foram tidos em grande consideração: eram membros do tribunal de mathematica, um dos seis tribunaes coevos com a fundação da monarchia, empregados em altas commissões, etc.»
[Texto 679]