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Linguagista

Tradução: «commission rogatoire»

Direito comparado

 

 

      Houve um crime, e o lojista não se opôs a mostrar de imediato à polícia as gravações das várias câmaras que tem no seu estabelecimento e no exterior. «Il n’a pas exigé de commission rogatoire pour faire la démonstration de son équipement». Não podemos, certamente, verter, como vejo aqui, commission rogatoire por deprecada, pois esta é o pedido que um juiz faz a um colega para que lhe cumpra algum mandado ou ordene alguma diligência judicial. Não é o caso. Nem por carta rogatória, que é o pedido de diligência feito pelo juiz de uma jurisdição estrangeira; nem por carta precatória, que é o pedido de diligência feito pelo juiz ao juiz de outra jurisdição no mesmo país. Devemos traduzir meramente por mandado? Quid juris?

 

[Texto 687]

Aspas

Mesmo com aspas, só para ela

 

 

      «Da janela com três arcos, um raro exemplo da arquitectura de inspiração italiana do séc. XVI em Portugal, avistam-se as palmeiras do Jardim do Tabaco, os carros no parque e, ao fundo, o Tejo. “Este seria o gabinete de José”, diz Pilar del Río, a “presidenta” da Fundação José Saramago. […] A “presidenta” não parece preocupada com o facto de já só sobrarem seis dos dez anos pelos quais a câmara lhe emprestou a Casa dos Bicos, devido ao prolongamento das obras: “Se em seis anos não formos capazes de fazer um foco de cultura que irradie, a câmara terá todos os motivos para nos dizer adeus. Se fizermos disto um coração que palpite, há futuro para a fundação aqui.”» («Casa dos Bicos sempre foi branca mas com Saramago tornou-se colorida por dentro», Ana Henriques e Isabel Coutinho, Público, 17.11.2011, p. 25).

 

[Texto 686]