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Linguagista

«Anóxia/anoxia»

Ao seu dispor

 

 

      «Uma enorme bolha preta quase tapa a vista de quem entra no Salão Nobre. “É uma bolha de desinfestação por anóxia, perfeitamente segura para os visitantes, onde o mobiliário é colocado para matar os bichinhos da madeira”, esclarece Nunes Pereira [director do Palácio da Pena]» («Aberto para obras», Marina Marques, Diário de Notícias, 30.01.2012, p. 29).

      «Anoxia é uma variação prosódica legitimada pelo uso», escreveu certa vez D’ Silvas Filho. Não faltará quem afirme: «Anóxia é uma variação prosódica legitimada pelo uso.» Alguns dicionários registam as duas formas.

 

[Texto 1101]

Sobre «recetação»

Quase «receitação»

 

 

      «Ao todo, responderam na barra do tribunal de Aveiro seis arguidos, cinco dos quais por participação nos assaltos e um por recetação de ouro» («Ladrão quer trabalhar para ourives que agrediu», Júlio Almeida, Diário de Notícias, 30.01.2012, p. 20).

      Pois, caro Vítor Lindegaard, não sabemos porque não se fechou o a de «actual» e de «actividade». Pode ser mera especulação, mas em relação ao e de  «recetação», um termo pouco frequente, só podemos esperar que, daqui a uns anos, se feche completamente.

 

[Texto 1100]

Interditar mais a sul

Ou antes

 

 

      O Laboratório Nacional de Engenharia Civil fez uma inspecção à Ponte D. Maria II, em Lagos, e afirma que há perigo iminente de desmoronamento. A ponte foi encerrada ao trânsito. O vice-presidente da Câmara Municipal de Lagos, António Marreiros Gonçalves, estudou profundamente o relatório e pode afirmar: «Apesar de ser um relatório ainda preliminar, diz que nós devemos encerrar, ou devemos interdir, a passagem a viaturas e a peões.» Talvez o relatório estivesse escrito em francês, interdire. Não, não: a explicação há-de estar na analogia com o verbo — mais conhecido de qualquer autarca — «intervir».

 

[Texto 1099]