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Linguagista

«Sua eminência reverendíssima»

Bem e mal

 

 

      «A alfaiataria fica em Roma, a Cidade dos Cardeais. As vestes de suas eminências reverendíssimas são apenas feitas de vermelho carmesim. Numa Igreja marcada por símbolos, a cor contém uma importante mensagem», disse Márcia Rodrigues. E logo a seguir o padre John Wauck, um vaticanista bem-disposto, explicou o simbolismo das cores. Esta é, de facto, a forma de tratamento de um cardeal, quando referido de forma indirecta: sua eminência reverendíssima. Ora, ainda recentemente ouvi um oficial do Exército a referir-se ao bispo D. Januário Torgal Ferreira como «sua eminência». Márcia Rodrigues errou a seguir: «Os cardeais, também tidos como príncipes da Igreja, distinguem-se pelo barrete cardinalício.» Príncipe da Igreja é um título criado pelo Papa Bonifácio VIII. Ainda teve, contudo, oportunidade de ensinar que «o nome “cardeal” significa “eixo”, uma linha que gira em torno do papa».

 

[Texto 1127] 

«Se não/senão»

Mas escrevam melhor

 

 

      «“Esta situação é um autêntico engano e o Governo sabe-o há meses. Todos os matadouros da região de Paris vendem carne halal, sem excepção. Não há se não carne halal”, argumentou Le Pen, no congresso em Lille neste fim-de-semana do seu partido, a Frente Nacional. É um regresso ao território anti-imigração habitual na líder da extrema-direita francesa, a qual ameaçou apresentar queixas legais contra os distribuidores por “enganarem os consumidores”» («Marine Le Pen volta à retórica anti-imigração e anti-islâmica», Público, 20.02.2011, p. 17).

      «Não há senão mato rasteiro, imbondeiros, nuvens, abutres, um horizonte por vezes cor de fogo, talvez revérberos de queimadas» (Jornada de África, Manuel Alegre. Revisão de Susana Baeta. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 3.ª ed., 2007, p. 95). 

 

[Texto 1126]

Isso não é português

Parem!

 

 

      «Irão pára de vender petróleo a Paris e Londres» (Público, 20.02.2011, p. 17). Quase copiaram o que diziam os jornais de língua inglesa: «Iran Stops Oil Sales To British, French Companies».

 

[Texto 1125]