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Linguagista

«Se» apassivante (i)

E mais um fio de água

 

 

      Cristalina, esta. Sobre o “se” apassivante, que tem feito, e não sei bem porquê, correr rios de tinta, escreve Américo F. Alves: «Admite-se no singular um verbo apassivado com “se” quando o seu sujeito for uma oração infinitiva:

      Exs.: 1 — “Havia várias mesas quadradas, às quais se podia jogar as cartas.” 2 — Na madrugada, ouviu-se cantar os galos.” Verificação: Sujeito de “se podia”? — Jogar as cartas. Sujeito de “ouviu-se”? — Cantar os galos» (Nem Tanto Erro!, de Américo F. Alves. Edição do autor, Braga, 1993, pp. 88-89).

 

[Texto 1295]

Pronúncia: «ressurreição»

Bem nos parecia

 

 

      Já uma vez, no Assim Mesmo, aqui, tratei da pronúncia do vocábulo «ressurreição», assunto de que o padre Américo F. Alves não pôde fugir: «Ressurreição deve pronunciar “ressurreição”, com “e” mudo. Nada justifica que o digníssimo vocábulo se aproxime, fonologicamente, de “rèpública” (com e bem aberto). Enquanto re de república vem do substantivo res-rei, o re de ressureição é apenas um prefixo, muito frequente na formação de palavras, como: repetição, ressurgir, relembrar, recomeçar, recolher, etc., etc. Não existe o verbo rèssurgir nem o substantivo rèssurgimento; mas ressurgir, ressurgimento, ressuscitar, ressurreição» (Nem Tanto Erro!, de Américo F. Alves. Edição do autor, Braga, 1993, p. 80).

 

[Texto 1294]

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