Revisão da casa editora
O leitor Rui Almeida está a ler a obra O Fenómeno Humano, de Teilhard de Chardin (Porto: Livraria Tavares Martins, 1965, com tradução de Léon Bourdon e José Terra), e encontrou esta «Nota dos Tradutores», a anteceder uma página de «Erratas» (!): «A responsabilidade da grafia das palavras cosmo, verisímil, inverisímil e seus derivados, evolver e suas flexões cabe exclusivamente aos serviços de revisão da casa editora. Os tradutores pedem que se restabeleçam por toda a parte as formas cosmos, verosímil, inverosímil, evoluir, etc., as únicas por eles admitidas. Repare-se ainda que Maquerodos (pág. 160) é aportuguesamento da forma científica Machairodus.»
No Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o que podemos ler é que «cosmo» é «forma preferível a cosmos»; «verisímil» é «forma apenas de uso português» (pelo que também está legitimada a forma «inverisímil») e «evolver» é «forma preferível a evoluir (gal.)». No tocante a «Maquerodos», nada há que dizer, parece-me. Léon Bourdin, apesar de pertencer à Academia das Ciências, ainda tinha desculpa, parece-me, mas José Terra, tradutor de obras de autores franceses, não. Ou será ao contrário?
[Texto 1282]