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Linguagista

Sobre «maçonaria»

Iniciática, pois

 

 

      «A maçonaria é uma ordem iniciática, sendo que os seus membros rejeitam a definição de sociedade secreta» («O que é a maçonaria?», Diário de Notícias, 2.04.2012, p. 10).

      A culpa — quem o ignora? — é dos dicionaristas, que confundem tudo.

 

[Texto 1318]

Prosónimos, de novo

De vez em quando

 

 

      «Mas este destino era tão inacessível, que o primeiro europeu a entrar na cidade foi René Caillé, apenas em 1828 e disfarçado de muçulmano. Parte do império colonial francês, a cidade entrou de novo em decadência nas últimas décadas do século XX. Conhecida por “pérola do deserto”, está inscrita no Património Mundial da UNESCO, mas os radicais islâmicos estavam a torná-la perigosa» («“Pérola do deserto” e lugar de sabedoria islâmica», Luís Naves, Diário de Notícias, 2.04.2012, p. 25).

      Há muito que não trato aqui dos prosónimos. Não que faltem, longe disso, oportunidades. Tombuctu, Pérola do Deserto. Por outro lado, vejam como a consecutiva, na primeira frase, está bem pontuada.

 

[Texto 1317] 

Maiúscula nas regiões

Ainda há hesitações

 

 

      «Na prática, desde ontem, o Mali está dividido em duas metades. A rebelião tuaregue controla totalmente a parte desértica do país, no Nordeste, enquanto o governo dominado pelas tribos subarianas tenta resistir na parte mais fértil do sudoeste» («Tuaregues dividem Mali e conquistam Tombuctu», Luís Naves, Diário de Notícias, 2.04.2012, p. 25).

      Hitler, a besta, não desdenharia da designação, mas é apenas gralha por «subsarianas», porque relativas à região a sul, abaixo, do deserto do Sara. E claro que é «Sudoeste», com maiúscula, tal como duas linhas acima está «Nordeste».

 

[Texto 1316]

Neologismos na canção

Se tem mesmo de ser

 

 

      «Neste último [tema, escrito por Pedro da Silva Martins, dos Deolinda] António Zambujo termina cantando os versos: “‘Maria’, era como eu respondia,/‘queria conhecer-te um dia’/mas o nosso amor... crashou.” A utilização de neologismos nas suas canções é algo tão natural como de quaisquer outras palavras: “Não tenho receio nenhum, até porque nós estamos e vivemos o agora, não no passado”, diz» («Uma reaproximação ao fado sem esquecer o Brasil», João Moço, Diário de Notícias, 2.04.2012, p. 46).

      Se tem mesmo de ser... Mas sempre podemos, se não gostarmos deste, ouvir os outros temas, que o Público disponibiliza aqui.

 

[Texto 1315]