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Linguagista

«Mal visto/malvisto»

Também é muito complexo...

 

 

      «E é com o dinheiro por ela ganho em tribunal e a escrever livros que o filho estudante tenta explicar o estilo luxuoso de vida em Harvard, mal visto por quem na China se choca com o fosso entre ricos e pobres» («Política, crime e sexo num mau filme chinês», Leonídio Paulo Ferreira, Diário de Notícias, 30.04.2012, p. 17).

      Mal visto porquê, caro Leonídio Paulo Ferreira? Há mais míopes em Harvard do que na China, por exemplo? A frase não expressa uma apreciação moral? Então?

 

[Texto 1446]

«O grama/a grama»

É muito complexo...

 

 

      «Liberais, sim, mas com certas limitações. A Holanda, país europeu que em 1976 legalizou a posse, consumo e venda de canábis em quantidades inferiores às cinco gramas, vai proibir até ao fim do ano a venda a estrangeiros nos coffee shops, estabelecimentos autorizados para o efeito. A decisão foi ontem anunciada por um tribunal de Haia» («Tribunal bane estrangeiros dos ‘coffee shops’ holandeses», P. V., Diário de Notícias, 28.04.2012, p. 29).

 

[Texto 1445]

Vocabulário Ortográfico Comum

Antes esperemos mais desacertos

 

 

      «O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, garantiu na terça-feira que não haverá revisão do Acordo Ortográfico, mas adiantou a hipótese de acertos no Vocabulário Ortográfico Comum, que deverá ficar concluído em 2014» («Pais questionam valor do Acordo Ortográfico», P. S. T., Diário de Notícias, 28.04.2012, p. 17).

 

[Texto 1444]

«Revezes/reveses»

Confusão antiga

 

 

      «Fala com a amabilidade paciente de quem se habituou a encarar com a bonomia possível os revezes da fortuna» («Bem-vindos à Quinta da Parvoíce», Fernanda Câncio, Diário de Notícias, 28.04.2012, p. 4).

      Quinta da Parvoíce... Bem, é reveses que se escreve e não revezes  ­— pelo menos no contexto.

 

[Texto 1443]

«Safe house»

Respiremos de alívio

 

 

      «O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, confirmou ontem que o Plano de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria (PDCM) não prevê a instalação de uma safe house – uma casa para a prática de sexo seguro e sem lenocínio, a ser gerida por uma cooperativa de prostitutas – como tinha sido inicialmente equacionado» («Mouraria não vai ter casas para sexo seguro», Inês Banha, Diário de Notícias, 27.04.2012, p. 21).

      António Costa lá matou à nascença essa ideia maluca e, ao mesmo tempo, livrou-nos da expressão que, volta não volta, passaríamos a ler nos jornais, sempre ávidos destas inânias com nomes estrangeiros. Safa!

 

[Texto 1442]