Um galicismo nada subtil
Vão desaparecendo
Este, leio aqui, não viverá até ao fim da pena. «Não sabe conduzir-se.» Por acaso, em francês, está «ne sait pas se tenir». «Conduzir-se», que é raríssimo encontrar na acepção de portar-se, comportar-se ou saber comportar-se, é tão galicismo como «conduta». No frasear clássico, usava-se também haver-se neste sentido de portar-se, comportar-se, proceder, obrar. Nas cantigas de escarnho (mais uma que desapareceu) e de maldizer, usava-se igualmente, neste sentido, baratar: tenho que baratei ben, pois me dela quitei.
[Texto 1528]