Assim sim
«Grupos antiguerra criticam Obama por equipa de ‘falcões’» (Helena Tecedeiro, Diário de Notícias, 21.11.2008, p. 32). Sim, já passaram uns anos, mas não é raro ouvir-se o vocábulo «antiguerra». Há minutos, porém, no programa da Antena 1 A Vida dos Sons, alguém falou, a propósito do ambiente que se vivia em Portugal no início da Primeira Guerra Mundial, em «grupos guerristas e anteguerristas».
«O resultado foi o aparecimento dum exército fortemente politizado e extremado em duas facções principais: de um lado uma oficialidade monarcófila que se havia mostrado fortemente antiguerrista e que temia o avanço dos democráticos (a quem apelidavam de “seita demagógica”) e o retorno a uma situação política igual ou parecida com a que se vivera antes da revolução dezembrista; do outro lado, oficiais de fundadas convicções republicanas e que viam, com razão, nas acções e movimentações dos primeiros, [sic] o perigo de uma tentativa de restauração monárquica» (Leonardo Coimbra e a I República. Percurso Político e Social de Um Filósofo, Fernando Mendonça Fava. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008, p. 73).
[Texto 2128]