Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Aportuguesamento: «napalme»

Estranho seria que não

 

 

      Aportuguesada, pois. Conheço várias abonações, Luísa, mas deixo-te só uma: «Votou-se ainda o teor dum telegrama, mais incendiário que uma bomba de napalme, a dirigir ao presidente da Duma e, depois de muitos vivas e morras, abraços e parabéns, cada mocho foi para seu soito a ruminar na noitada» (Um Escritor Confessa-se, Aquilino Ribeiro. Lisboa: Bertrand Editora, 1974, p. 179).

 

[Texto 2190]

Léxico: «tranqueira»

Quase obscuro

 

 

      Podemos estar sempre a aprender, se quisermos, se mantivermos os olhos abertos. Hoje, por exemplo, fiquei a conhecer a palavra «tranqueira» na acepção de cercado de madeira para fortificar. Esta a definição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Tranqueira de Balibó, tranqueira de Kailako... Em Timor. Nunca antes tinha visto. Obra de defesa indígena.

 

[Texto 2189]

Rifoneiro

Grandes certezas

 

 

      «Não é “à”, mas “na”.» Já me tinha corrigido noutra ocasião. Desta vez não podia deixar passar em claro. Dá-me aí o Rifoneiro Português, de Pedro Chaves. Cá está: «Casa roubada, trancas à porta.» Expliquei pacientemente. Outro rifão semelhante e a significar mais ou menos o mesmo: «Porco morto, cevada ao rabo.»

 

[Texto 2188]

«Dengue», de novo

Tudo na mesma

 

 

      Virgílio Nóbrega, jornalista da RTP Madeira, no Jornal da Tarde de ontem: «A população de mosquitos transmissores do dengue tem alastrado, mas, de acordo com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, está controlada e monitorizada.»

      E se os jornalistas consultassem mais amiúde os dicionários, não seria bom? A palavra «dengue», na acepção da doença infecciosa, é do género feminino. Só do género feminino. Espera aí... eu já tinha escrito isto! Os jornalistas repetem os mesmos erros.

 

[Texto 2187]