Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

«Produto-bandeira»

Esta não sugiro a ninguém

 

 

      «O duplo lançamento deixou a audiência de boca aberta, porque é inédito a Apple renovar um produto-bandeira em apenas sete meses. O iPad 4.ª geração custa o mesmo que o anterior (509 euros em Portugal, 499 dólares nos EUA) e vai funcionar em mais redes 4G. No entanto, continua a não ser compatível com as frequências usadas em Portugal» («Apple surpreende mercado com iPad 4 e iPad mini em novembro», Ana Rita Guerra, Diário de Notícias, 24.10.2012, p. 28).

 

[Texto 2257]

Sobre «pork»

Vamos lá

 

 

      «Há nos EUA uma expressão muito usada na política: pork. Este pork, ou seja, carne de porco, refere situações em que se desperdiça o dinheiro público para benefício de clientelas. Em Portugal não temos palavras assim, tão despachadas e carregadas de ironia, para designar ocorrências típicas da política» («Leite com chocolate», Fernanda Câncio, Diário de Notícias, 26.10.2012, p. 9).

      Somos uns pobretanas, não temos nada. O melhor é renunciarmos a esta língua, também ela paupérrima. Temos sempre o inglês, em que há muitos especialistas em Portugal.

 

[Texto 2256]

Sobre «smartshop»

As lojas espertas

 

 

      Nos últimos tempos, tenho ouvido muito, na rádio e na televisão, a palavra «smartshop». «Um rapaz de 17 anos e uma rapariga de 15 foram assistidos, no espaço de 48 horas, no Hospital de Évora, depois de terem, alegadamente, fumado um produto comprado numa “smartshop”. [...] Segundo o comandante distrital da PSP, o rapaz terá fumado um produto designado Cm21, que é vendido como incenso. “A rotulagem diz que não é para consumo humano”, realçou o responsável» («Intoxicação com produtos de ‘smart shop’», Diário de Notícias, 27.10.2012, p. 17).

      A loja é esperta, os clientes é que nem todos. E lá porque se pode escrever smart shop e smartshop, não me parece muito atilado escrever das duas formas no mesmo artigo.

 

[Texto 2255]