Próclise & etc.
Ordem cl-V obrigatória
«Este é o tempo da voz. Simbolicamente, todos os anos a igreja faz-nos crer que um menino virá pregar a fé que recria a esperança. E que a fé não se rodeia de mantos com brocados, mas de palha ou, numa versão mais actual, de caixas de cartão forradas de jornais e cobertores velhos» («A voz humana», António Jacinto Pascoal, Público, 24.12.2012, p. 44).
Pelo menos um professor, mormente se escreve na imprensa, não devia ignorar que o vocábulo «Igreja», na acepção de organização, entidade, se grafa com inicial maiúscula. E, na mesma frase, «todos», à semelhança do que sucede com elementos de negação, outros quantificadores e certos advérbios, não desencadeia obrigatoriamente a próclise? «Simbolicamente, todos os anos a Igreja nos faz crer que um menino virá pregar a fé que recria a esperança.»
[Texto 2459]