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Linguagista

Acordo Ortográfico II

Alguém com juízo

 

 

      «A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) vai continuar a redigir os seus documentos e a sua comunicação de acordo com a norma ortográfica antiga, recusando-se a implementar já as disposições do Acordo Ortográfico (AO). [...] Este polémico dossier teve, esta semana, mais um desenvolvimento na AR, com a aprovação, por unanimidade, na terça-feira, da criação de um Grupo de Trabalho para Acompanhamento da Aplicação do AO, sob proposta do deputado comunista Miguel Tiago» («SPA não adoptará o Acordo Ortográfico», Sérgio C. Andrade, Público, 10.01.2013, p. 27).

 

[Texto 2497]

Acordo Ortográfico

Corrijamos a monstruosidade

 

 

      Eis o último parágrafo do texto de Maria Alzira Seixo hoje no Público a propósito do Acordo Ortográfico de 1990: «É tempo, é ainda tempo! Se saber escrever foi, até hoje, caminho para pensar melhor, com o Acordo Ortográfico pôr-se-ia em prática a máxima ideal para Governos opressores ante os cidadãos que governam: quanto mais analfabetos, melhor... Ora isto não se compadece com um passado de Abril, e se alguém sai beneficiado não é, pela certa, o cidadão, nem a cultura, nem a política — pelo menos a de espinha direita! Saúde-se, pois, o baque de consciência de Evanildo Bechara, e a hora feliz em que Dilma Rousseff atalhou: “Alto! e pára o baile” — em vez de “para o baile”, como quer o Acordo, que tira o acento a “pára” assimilando-o a “para”, confundindo movimento com inacção, numa simbólica emblemática dos seus confusos objectivos. Contra esta confusão do entendimento, corrijamos de vez a monstruosidade que nos sai tão cara: em dinheiro que não temos, e no saber que é nosso, e alguns se interessam em destruir» («O Acordo Obscurantista», Maria Alzira Seixo, Público, 10.01.2013, p. 47).

 

[Texto 2496]

Sobre «supposed»

Não desta vez

 

 

      «It wasn’t supposed to get serious between us», lia-se no original. «A nossa relação não era para ser nada de sério», verteu o tradutor. Vai sendo relativamente raro podermos ler coisas assim. O ser suposto veio para ficar, quem sabe se para sempre, se é que há alguma coisa («na puta da vida», acrescentaria A. B., que, mesmo milionaríssimo, morreu com menos de 50 anos) para sempre. Desta vez, contudo, perdeu.

 

[Texto 2495]