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Linguagista

«A meia voz» ou «a meia-voz»?

Isto é uma república

 

 

      Continuamos a contribuir, se nos deixarem, para melhorar o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, porque não há reis (nem rainhas) das palavras. No verbete «sangue-frio», temos a locução a sangue-frio. Contudo, no verbete «meia-voz», não temos a locução a meia-voz, que encontramos — sem hífen — no verbete «voz». Alguém entende isto? Que se apresente.

 

[Texto 2534]

«Fungir»?

Em sonhos ou talvez não

 

 

      Era só um sonho, alheio. Nós não temos a palavra «fungir». Regista-a, desde meados da década de 1970, o dicionário da Real Academia Espanhola: «Desempeñar un empleo o cargo. Fungir de presidente. Fungir como secretario.» Também para eles é um exotismo, que há-de ter-lhes chegado da América do Sul, primeiro como termo jurídico. Afinal, também na nossa língua «fungível» só se usa nos meios jurídicos.

 

[Texto 2533]

Revisão

Para lá do desejável ou BWV 565

 

 

      «Efectivamente, a quantidade alterações e correcções excede muito a nossa expectativa.» Ao que isto chegou. E de quem é a culpa de tantos erros, hã? Há sempre expectativas, desejos, sonhos. Eu também queria ser um grande músico, do que me lembro mais quando ouço música — como agora, ao ouvir a Tocata e Fuga em Ré Menor, de Bach, pela Orquestra de Câmara de Munique.

 

[Texto 2532]