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Linguagista

Léxico: «teia»

Confirma-se

 

 

      «Era uma grande sala [a do tribunal da antiga Bolsa comercial do Porto], de paredes inteiramente nuas, e com enormes e pesados bancos de pau castanho enfileiradas [sic] ao longo delas. Ao fundo estanceava a teia» (A Última Dona de S. Nicolau, Arnaldo Gama. Porto: Casa Editora de A. Figueirinhas, Lda., 1937, p. 147).

      Já aqui tínhamos debatido esta questão do nome da divisória da sala do tribunal, e citei mesmo outro passo desta obra de Arnaldo Gama. No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, é a terceira acepção.

 

[Texto 2543]

Léxico: «criptojudeu»

Eu voto que sim

 

 

      «Foi a ideia de que existiriam milhares de judeus em Portugal que presidiu à construção, no Porto, de uma sinagoga [Kadoorie Mekor Haim] destinada a albergar não apenas a comunidade já existente mas também os criptojudeus (judeus que praticavam a sua fé e os seus costumes em segredo, por receio de perseguições religiosas)» («Sinagoga do Porto, a maior da Península, celebrou ontem 75 anos», Público, 28.01.2013, p. 48).

      Acho que não se perdia mesmo nada se estivesse registada em todos os dicionários.

 

[Texto 2542]

«Por sua alta recreação»

Veja, grão-mestre

 

 

      «O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Fernando Lima, diz que maçons que não seguiam “os nobres valores da maçonaria” deixaram a instituição “por sua auto-recriação”, após o escândalo sobre uma alegada rede de interesses. Uma polémica que acabou por ter um efeito que surpreende Fernando Lima: “A frequência das lojas, e inclusive a aderência de elementos, foi significativa, maior do que se poderia esperar após esta situação.”» («Escândalo de 2011 fez aumentar frequência das lojas maçónicas», Público, 28.01.2013, p. 7).

     Que algum irmão diga ao grão-mestre, se tiver coragem, que não é assim que se diz, mas sim «por sua alta recreação». Pode ser este: «Se Fernando estava, ele era a mão activa da candonga. De contrário, procedia ela por sua alta recreação» (A Casa Grande de Romarigães, Aquilino Ribeiro. Lisboa: Livraria Bertrand, 1959, p. 110).

 

[Texto 2541]