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Linguagista

«Apelar para»

Fica bem aqui

 

 

      «Fernão d’Álvares expôs-lhe, com todo o primor de homem avezado ao trato da côrte, o objecto da sua comissão, misturando na exposição palavras de bom conselho, e outras que lisonjeavam a vaidade do senhor da Terra de Santa Maria, apelando directamente para a grandeza e generosidade da sua alma» (A Última Dona de S. Nicolau, Arnaldo Gama. Porto: Casa Editora de A. Figueirinhas, Lda., 1937, p. 222).

      Apelar para. Doravante, vamos carrear para aqui todos os muitos bons exemplos da regência correcta.

 

[Texto 2572]

Léxico: «azevia»

Pois é, não está

 

 

      «Azevia. Este peixe, frito, é outra das iguarias da cozinha tradicional acompanhado de um bom arroz» («Governo quer mais polvo do que jaquinzinhos no prato», Ana Bela Ferreira, Diário de Notícias, 7.02.2013, p. 14).

      Lá está ela no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, mas onde pára a acepção relativa ao doce frito, em forma de pastel, com recheio de doce de batata, grão-de-bico ou chila?

 

[Texto 2571]

Ortografia: «extensão»

A aventura da ortografia

 

 

      Do regulamento do concurso «Uma Aventura... Literária 2013»: «O tema é livre e deve ter a extenção máxima de uma a duas páginas manuscritas ou dactilografadas.» E nem têm a desculpa de confusão com qualquer vocábulo homófono. Para quem, porque há criaturas assim, não acredita, ver aqui.

 

 

[Texto 2570]

Léxico: «fracalhote»

Mais uma falha

 

 

      «E o chulo, um fracalhote, anda inquieto e pálido, fareja o perigo, o rival... A bordo é preciso manter a linha, acabou-se o negócio, são gente respeitável» (Gente de Terceira Classe, José Rodrigues Miguéis. Lisboa: Estúdios Cor, 1971, p. 23).

      Porque não está fracalhote nos dicionários? No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, por exemplo, está registado «frescalhote», mas não «fracalhote». Critério?

 

[Texto 2569]