Raispartam
«A população de Haringey, no norte de Londres, rejubilou através da sua líder camarária, Claire Kober: “É um verdadeiro reconhecimento para a comunidade que a sua campanha pareça ter ajudado a impedir a venda desta obra de arte.” [...] “Vamos continuar a explorar todas as possibilidades para trazer o Banksy de volta à comunidade a que pertence”, declarou a líder política do município ao Telegraph» («É legal agarar num Banksy e vendê-lo? As autoridades dizem que sim», Mário Lopes, Público, 25.02.2013, p. 26).
«Líder camarária», «líder política do município»... Mas, raispartam, Claire Kober não é vereadora? Então para quê usar essa designação alienígena e ambígua de «líder»? Certo é que Mário Lopes está em muito boa companhia. Na edição de hoje deste jornal, pode ler-se: na página 4, «líder da UGT»; na página 12, «líder da direita portuguesa», «líder Jonas Savimbi» e «líder do CCISP»; na página 21, «líderes europeus» (três vezes); na página 22, «líder do centro-esquerda»; na página 23, «líder da direita» e «líderes da Associação dos Trabalhadores Católicos Italianos»; na página 24, «líder máximo da Igreja Católica»; na página 27, «líder dos Beautify Junkyards»; na página 47, «líderes que versam altos problemas de Estado»; na página 48, «líder da Liga».
[Texto 2626]