«Manif»? «Manifs»?
Estava aqui a pensar
«A ameaça que alguns elementos radicais têm lançado nas redes sociais de divulgar na Internet fotos com nomes, dados pessoais e moradas dos agentes da investigação criminal da PSP – incentivando à vingança contra aqueles que dizem ser “infiltrados” da polícia nas “manifs” – vai ter uma resposta firme da polícia, garantiu ao DN uma fonte da hierarquia da PSP» («PSP vai processar quem divulgar moradas e nome dos agentes da ‘manif’», Rute Coelho, Diário de Notícias, 18.11.2012, p. 23).
Aqui, porque aparecem singular e plural, é flagrante: não se pode dizer que, grafada desta maneira, seja palavra afeiçoada ao português. Há muito que propus que esta redução vocabular se escrevesse manife/manifes, tal como profe/profes. Dá-se o infeliz caso de o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora as registar tal como surgem no texto acima. Não chega envolvê-las no cordão sanitário das aspas: é preciso expurgar a escrita destas formas.
[Texto 2638]