A noite sucede ao dia
«Não foi só os católicos que Bento XVI surpreendeu. Também os anglicanos e os ortodoxos ficaram espantados com o seu gesto. A pastora inglesa anglicana Debbie Flach confessa: “Achei que o Papa não se reformava”. É, porém, mais reticente em prever se a decisão vai ter impacto na estrutura da Igreja Católica: os próximos anos dependem mais do “tipo de Papa que o suceder”. Mas arrisca: o novo Papa “deve ser capaz de chegar a todos os católicos. Espero que o próximo Papa seja capaz de trabalhar com todas as igrejas cristãs”» («Anglicanos e ortodoxos surpreendidos com Bento XVI», Joana Gorjão Henriques, Público, 1.03.2013, p. 4).
Já vimos este erro mais de uma vez. O verbo suceder, nesta acepção, é transitivo indirecto, tem como complemento um termo preposicionado — suceder a alguém. Ora, os transitivos indirectos que regem a preposição a requerem as formas lhe ou lhes. Logo, «tipo de Papa que lhe suceder».
Quanto a «gesto» na acepção empregada no artigo, tudo o que havia que dizer disse-se aqui.
[Texto 2642]