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Linguagista

«Um tal de»

Veio do Brasil ou é nossa?

 

 

      «Aos vinte annos amavas com ternura um tal Pedro Sepulveda. Aos vinte e cinco, amavas com paixão, um tal Jorge Albuquerque. Aos 30, amavas com delírio, um tal Sebastião de Meirelles. Aos 35, amavas, em Londres, com frenesi um tal... como se chamava... não me recordo... diz-me, por piedade o nome d’esse homem, que, se não, fica o meu discurso sem o effeito do drama...» (O Romance Dum Homem Rico, Camilo Castelo Branco. Porto: Tipografia da Revista, 1861, p. 74).

      A pergunta é simples: a construção «um tal de», que eu nunca uso, não terá vindo do Brasil?


[Texto 2675]

Tradução: «comedor»

Francamente

 

 

      Atrás era o insider, mas aqui é algo bem pior: «Na Argentina, desloca-se de autocarro e metro; quando viaja para Roma, insiste na classe económica. Costuma comer sozinho e raramente aceita convites para almoços e jantares — quando quebra o hábito, prefere os comedores» («Honesto, rigoroso, frugal, conservador, mas moderado», Rita Siza, Público, 14.03.2013, p. 7). Qual a necessidade de usar o termo espanhol, completamente corriqueiro, traduzível?

 

[Texto 2674]

Léxico: «vaticanista»

Quase nunca é

 

 

      «Os vaticanistas assinalam que o novo Papa não é um insider da Santa Sé. Ainda assim, “a voz de Bergoglio tinha peso dentro da estrutura do Vaticano”, notou o embaixador da Argentina em Roma, Juan Pablo Cafiero, antes da eleição» («Honesto, rigoroso, frugal, conservador, mas moderado», Rita Siza, Público, 14.03.2013, p. 7).

      Para o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, vaticanista é «que ou a pessoa que é partidária do vaticanismo; papista». No contexto do artigo do Público, e porventura na maioria das vezes, não é. É, isso sim, o especialista em assuntos relativos à cúria romana.

 

[Texto 2673]