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Linguagista

Tradução: «wind chime»

Ainda não está

 

 

      Estava à espera de encontrar no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora o vocábulo «espanta-espíritos», que oiço e leio tantas vezes, mas não. «Sino de vento», como acabei de ver, não me parece um termo muito feliz para traduzir wind chime. Mas, enfim, há-de haver quem pense o contrário.

 

[Texto 2719]

Léxico: «ázimo»

Vá lá

 

 

      «Judeus ortodoxos participaram, no domingo, no mayim shelanu, uma cerimónia em que recolhem água de uma nascente natural, perto de Jerusalém. A água é utilizada para fazer matza, o pão ázimo tradicional para ser comido durante o período judaico da Páscoa, que começa na segunda-feira. Durante este período é proibido aos judeus consumir qualquer produto com fermento. A Páscoa celebra a fuga dos judeus do Egito antigo, como descrito no Livro do Êxodo» («Mayim shelanu: a Páscoa judaica», Diário de Notícias, 27.03.2013, p. 6).

      Quase milagroso, como se lembraram do termo. Conhecendo-os como nós os conhecemos, mais natural era que traduzissem o inglês unleavened. Vá lá. Há ainda a variante asmo, como lembrei há sete anos no Assim Mesmo.

 

[Texto 2718]

«Camauro» e «portenho»

Tu quoque

 

 

      «Eu sei que alguns — que já lhe tinham lido várias obras antes de Ratzinger ter escolhido o “camauro” com bordas de arminho e souberam, então, relacionar os pensamentos do filósofo bávaro com o vestuário litúrgico — sorriem, agora, com as minhas esperanças nos sapatos cambados do porteño» («Qual a gama dos BMW para o Estado?», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 27.03.2013, p. 56).

      Para quê as aspas em «camauro», que até está — e nem era preciso — nos dicionários gerais da língua portuguesa? E mais: para quê porteño, se se usa aportuguesado, portenho, há muito? Lá está, por exemplo, no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, que remete para «buenairense».

 

[Texto 2717]