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Linguagista

Ortografia: «alto-duriense»

Também têm culpa

 

 

      Ontem à tarde, passei perto do Mercado de Benfica e reparei num cartaz em que se anunciava uma «feira de produtos transmontanos e altodurienses». Errado, e a culpa é em parte dos dicionários. É em vão que procuramos a palavra no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, por exemplo. «Note-se que às locuções toponímicas, como a quaisquer locuções do vocabulário comum, não se aplica o hífen: Alto Alentejo, Alto Douro, Beira Alta, Costa do Sol, Entre Douro e Minho, etc. Mas escreveremos alto-alentejano para designar o habitante do Alto Alentejo, como alto-duriense, baixo-alentejano, etc., das respectivas regiões» (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XIII, p. 204).

 

[Texto 2720]

Tradução: «wind chime»

Ainda não está

 

 

      Estava à espera de encontrar no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora o vocábulo «espanta-espíritos», que oiço e leio tantas vezes, mas não. «Sino de vento», como acabei de ver, não me parece um termo muito feliz para traduzir wind chime. Mas, enfim, há-de haver quem pense o contrário.

 

[Texto 2719]

Léxico: «ázimo»

Vá lá

 

 

      «Judeus ortodoxos participaram, no domingo, no mayim shelanu, uma cerimónia em que recolhem água de uma nascente natural, perto de Jerusalém. A água é utilizada para fazer matza, o pão ázimo tradicional para ser comido durante o período judaico da Páscoa, que começa na segunda-feira. Durante este período é proibido aos judeus consumir qualquer produto com fermento. A Páscoa celebra a fuga dos judeus do Egito antigo, como descrito no Livro do Êxodo» («Mayim shelanu: a Páscoa judaica», Diário de Notícias, 27.03.2013, p. 6).

      Quase milagroso, como se lembraram do termo. Conhecendo-os como nós os conhecemos, mais natural era que traduzissem o inglês unleavened. Vá lá. Há ainda a variante asmo, como lembrei há sete anos no Assim Mesmo.

 

[Texto 2718]