Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Bons títulos

Onde se fala de certa parafilia

 

 

      «Três dias antes de começarem a ser distribuídos, a CGD percebeu que entre os lotes para oferecer [aos clientes] havia livros eróticos — o que levou ao cancelamento da acção. Entre as obras que iam ser oferecidas estavam títulos como “Sr. Bentley, o Enraba Passarinhos” ou “Carne Crua”. Algumas das obras continham passagens com palavrões e imagens de nus nas capas» («Trabalhadores da Caixa exigem explicações sobre livros eróticos», Rosa Ramos, i, 30.04.2013, p. 26).

      Percebeu... apenas quando viu as imagens de nus das capas. Pelas «passagens», que melhor se diriam passos ou trechos, com palavrões não se distingue uma obra erótica de qualquer outra, a não ser talvez pela frequência. O título Carne Crua podia ser, está na moda, um livro de Jamie Oliver — mas o outro? E o título não devia ser «Sr. Bentley, o Enraba-Passarinhos»? Pela capa (aqui) não se pode concluir nada, porque a mariquice dos arranjos gráficos está-se quase sempre a foder para a língua.

 

[Texto 2794]

«Eminente/iminente»

Mais por demérito alheio

 

 

      «Confiar nele é um perigo eminente: dá rapidamente a volta ao texto e exulta com melodrama» («Marcelo», Mário Dias Ramos, i, 29.04.2013, p. 14).

      Marcelo é tão importante, mas tão importante, que mesmo como perigo não ameaça cair sobre alguém ou sobre alguma coisa — simplesmente sobreleva os outros. Nunca medíocre. Medíocres, só os jornalistas.

 

[Texto 2793]

Pág. 1/34