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Linguagista

«Ripanço ou ripanso»

Cada vez mais pobre

 

 

      «Cadeiras de braços chamadas armchairs ou easychairs convidam à relaxation, ao ripanso do corpo e do espírito, ao descanso de cérebro e de nervos. Quase sempre há um settee ou sofá bem estofado» (A Língua Inglesa e a Vida em Londres, Vasco Botelho de Amaral. Lisboa: Centro Internacional de Línguas, 1958, p. 13).

      Pois dicionários mais antigos ainda registam ripanso como variante de ripanço. Agora, «ripanso» evaporou-se. Vamos ver se para sempre.

 

[Texto 2748]

«A decisão não era nossa»

Mas como foi só porteiro...

 

 

      Francisco José Viegas, entrevistado por Isabel Coutinho para o Público: «Para ser sincero, faz-me impressão tirarem o C de coleccionador. Não é que tenha nostalgia das consoantes mudas, mas faz-me impressão a perda do P de Egipto. Provavelmente por ter feito linguística na faculdade e irritar-me com o predomínio da linguística oral sobre a filologia. Disse sempre que havia coisas erradas no Acordo Ortográfico (AO) e que era preciso revê-lo e continuo a dizê-lo» («“Não podemos transformar a língua num monstro”», 8.03.2013, p. 26). E o c e o p maiúsculos são para quê?

 

[Texto 2747]

«Ter ganho/ter ganhado»?

Um contributo

 

 

      «A 6 de junho de 2011, dia seguinte a Passos ter ganho as eleições, escrevi aqui que, dada a crise, era este o caminho: “as obrigações de hoje (e do resto dos dias da nossa dívida) exigem uma larga maioria”, um Governo comprometendo todos, PSD, CDS e PS, numa responsabilidade comum» («Tudo é tarde para Passos Coelho», Ferreira Fernandes, Diário de Notícias, 8.04.2013, p. 56).

      Pode estar a cair em desuso, como vimos aqui, a forma «ter ganhado», mas ainda é a que tem a minha preferência. Para contribuir para que os duplos particípios não se deixem de usar.

 

[Texto 2746]