Sobre «consultar»
A vingança
Queria consultar de novo, disse ao telefone, a Dra. X. Risinho divertido do lado de lá. «A Sr. Dra. é que poderá consultar o Sr.» A mim? Para quê? Não tenho nenhum conselho, opinião ou instrução para lhe dar ou vender. E, ao contrário do que vai sendo habitual, não me atendeu um segurança ou uma simples assistente. Não. «Bom dia, fala a enfermeira Y.»
«O barão ouviu-o com semblante alegre. Interessavam-lhe as miudezas daquela metamorfose. Queria saber se os médicos julgavam curável a paralisia de Leonor. Se o cego tio de Soares queria ir a França consultar os oculistas célebres» (Vingança, Camilo Castelo Branco. Lisboa: Livros Horizonte, 1981, p. 126).
[Texto 2767]