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Linguagista

Tradução: «pop-up book»

Muito bem

 

   

      Pensava que tinha sido já neste blogue que falara do que os Ingleses chamam pop-up book. Não foi; foi no Assim Mesmo. Encontrei um dado novo: quando, a 19 de Dezembro de 2006, Bárbara Guimarães entrevistou, no seu Páginas Soltas, o encenador Ricardo Pais, usou a expressão «livro de armar» para designar este tipo de livros. Está bem visto.

 

[Texto 2844]

«Dusseldórfia», pois claro

Hallo, Leute!

 

 

      «Uma produção do teatro Rheinoper, em Dusseldórfia, foi banida após reação do público a cenas relacionadas com a presença de alusões à Alemanha nazi» («Polémica produção de ópera de Wagner com tema nazi», Diário de Notícias, 10.05.2013, p. 49).

 

[Texto 2843]

«Rendibilidade», pois claro

Melhor é impossível

 

 

      «Redução da rendibilidade representa 20 % do corte nas PPP» (Maria João Babo, Negócios, 13.05.2013, p. 10).

    É de admirar que num jornal económico se escreva «rendibilidade», quando até em livros se escreve daquela outra forma que não quero agora lembrar. E, por vezes, quando emendamos, o autor (ou, santo Deus!, o próprio editor) não aceita — «porque o mais vulgar é usar-se» daqueloutra forma. Mesmo a sigla PPP costumamos vê-la, nos sítios mais insuspeitos, com outros apêndices: s final ou apóstrofo e s final.

 

[Texto 2842]

Concordância com numerais

Não pode ser

 

 

      «A Alma’s Design fechou em Março um acordo para passar a ser o fornecedor de vasos do IKEA. A primeira encomenda ultrapassará as quatro milhões de peças, estimando a empresa de Águeda que, em termos acumulados, o negócio valha perto de cinco milhões de euros nos próximos três anos» («Empresa de Águeda vai fornecer quatro milhões de vasos ao IKEA», António Larguesa, «Negócios mais»/Negócios, 13.05.2013, p. 4).

      «Milhão» não é um substantivo do género masculino? Então qual é a dúvida? E não está subentendido o vocábulo «loja» a anteceder IKEA? Logo, «a IKEA». (A empresa é portuguesa, centenária e chama-se Alma’s Design? Hum...)

 

[Texto 2841]

Léxico: «panglossiano»

E o pessimismo schopenhaueriano

 

 

      «O doutor Pangloss, surgido na sátira “Cândido” de Voltaire, era um obtuso observador da realidade: até nas maiores desgraças via um sinal de optimismo. Tem muitos seguidores em Berlim, Bruxelas e Lisboa» («Pangloss e o Governo», Fernando Sobral, Negócios, 13.05.2013, p. 40).

      É personagem da ficção de tal forma marcante, que até se criou um adjectivo derivado do seu nome: panglossiano, que é o que encara tudo com optimismo, à semelhança do Doutor Pangloss.

 

[Texto 2840]

«Encalir/encalar/entalar»

Ai é assim?

 

 

      O Jogo da Língua — sim, regressou — de anteontem era sobre se se diz «encalir» ou «entalar» um alimento. Magna questão sobre a língua que deve preocupar todas as donas de casa do presente e do futuro. Do passado não vale a pena falar, o que lá vai lá vai. Entalada ficou logo a concorrente. Lá fez o choradinho da praxe, mas errou. Quer dizer, errou porque a nossa especialista em língua portuguesa assim o quis. Que «entalar» era popular e não sei que mais. E «encalir» é o quê? Dar uma leve fervura a qualquer alimento diz-se dessas duas formas e ainda destoutra: encalar.

 

[Texto 2839]