Nem só Castela Velha
«Guerra Junqueiro “era conhecido por ‘el anticuario’ em certas aldeias da Velha Castela que calcorreava a pé posto e de burro recolhendo e comprando cerâmica, mobiliário e, eventualmente, pintura”, disse José Luís Porfírio, então director do Museu Nacional de Arte Antiga, na (re)inauguração (após vários anos de obras) da nova Casa-museu Guerra Junqueiro, no Porto (1997), com uma exposição de pintura da colecção do poeta» («Guerra Junqueiro. Minha casa, meu santuário», Raquel Ribeiro, Público, 10.07.2013, p. 36).
É raro ver-se escrito desta forma, mas já antes tinha encontrado em Camilo, que de momento não localizo, e em Eça de Queiroz: «Mas nada o aterrou como o transbordo em Medina del Campo, de noite, nas trevas da Velha Castela. Debalde a Companhia do Norte de Espanha e de Salamanca, por cartas, por telegramas, sossegaram o meu camarada, afirmando que, quando ele chegasse no comboio de Irun dentro do seu salão, já outro salão ligado ao comboio de Portugal esperaria, bem aquecido, bem alumiado, com uma ceia que lhe ofertava um dos Directores, D. Esteban Castillo, ruidoso e rubicundo conviva do 202!» (A Cidade e as Serras, Eça de Queiroz).
[Texto 3070]