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Linguagista

Léxico: «grabatário»

Acamado permanente

 

 

     A autora diz que a institucionalização e sobretudo a hospitalização «fabrica mortos e grabatários, provoca dependência, regressão, infantilismo e perturbações mentais». Tudo verdade, mas nunca eu tinha visto o vocábulo «grabatário». Para quem sabe um pouco de latim que seja, o sentido não lhe escapará. Grabateiro, o fabricante de leitos na Idade Média, já eu conhecia. O Dicionário Houaiss regista que é um regionalismo brasileiro e que significa «doente cronicamente acamado». Para o Dicionário Aulete, por sua vez, «diz-se do doente condenado à total e permanente imobilidade no leito».

 

 [Texto 3074]

Guia, dirigente...

Lá se esqueceram da negregada

 

 

      «O procurador do Estado egípcio emitiu ontem um mandado de captura contra Mohamed Badie, o guia da Irmandade Muçulmana, e nove outros dirigentes, por “incitamento à violência”» («Lançado mandado de detenção contra o guia da Irmandade Muçulmana», Jorge Almeida Fernandes, Público, 11.07.2013, p. 25).

 

 [Texto 3073]

Léxico: «dar gás»

Esquecimentos

 

 

      «A confirmar-se, a descoberta de sangue de mamute dá gás aos projectos que pretendem obter células ou ADN suficientemente intacto para se pensar em clonar — e assim “ressuscitar” — esta espécie [Mammuthus primigenius]» («Yuka, um mamute-bebé com 39 mil anos, é a estrela de uma exposição», Nicolau Ferreira, Público, 11.07.2013, p. 27).

      É curioso: se quisermos saber o que significa a expressão «dar gás», no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não a encontramos. Contudo, no Dicionário de Português-Inglês da mesma editora lá está o «coloquial» dar gás: «to speed up, to step on it». O hífen em «mamute-bebé» (e, mais à frente, em «fêmea-bebé») é que não estou a ver para que serve.

 

 [Texto 3072]