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Linguagista

Sobre «efémera»

Dura só um dia

 

 

      «Passei a última semana a ver essas caixas de vidas inteiras, todas demasiado iguais no seu conteúdo, mesmo que retratando vidas muito diferentes. Os amadores de velharias e de efémera, dizem os manuais, dão valor a todos esses papéis pelo trabalho de os classificar e organizar» («Restos e rastros», José Pacheco Pereira, Público, 20.07.2013, p. 46).

      Como no caso de «etilista», o leitor médio vai pensar que falta ali um s, «efémeras», os insectos da família dos Efemerídeos. Claro que, interpretado dessa forma, o texto não faz sentido, mas o leitor médio também está habituado a não perceber tudo.

      Trata-se de um anglicismo: «ephemera (plural): paper items (as posters, broadsides, and tickets) that were originally meant to be discarded after use but have since become collectibles».


  [Texto 3101]

Escrito na pedra

E o senso comum?

 

 

      A citação de hoje do «Escrito na pedra», no Público, é uma frase do Rev. Sydney Smith (1771-1845), uma espécie de Swift ou, em certa perspectiva, de Oscar Wilde. «A melhor maneira de responder a um mau argumento é deixá-lo continuar», lê-se no Público. A frase original tem um final que não devia ter sido omitido: «The best way of answering a bad argument is not to stop it, but to let it go on in its course till it leaps over the common sense.»


  [Texto 3100]