Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Sobre «consequente»

Adivinha-se

 

 

      «Menos de três meses depois, a 22 de Novembro, Kennedy morreu, assassinado a tiro durante uma visita a Dallas, no Texas. Esses dois momentos — a Marcha em Washington e a inesperada morte do Presidente Kennedy —, ocorridos há 50 anos, fizeram de 1963 um ano extremamente consequente para a história dos negros na América» («Ele teve um sonho», Kathleen Gomes, «2»/Público, 11.08.2013, pp. 20-21).

      O termo «consequente» — que se deduz; que segue naturalmente; que raciocina bem; coerente — foi aqui usado com propriedade? Que acham?

 

  [Texto 3179]

Léxico: «marteleiro»

Mas que martelo

 

 

      «O seu primeiro acto político foi então no seu primeiro trabalho como marteleiro, numa obra perto da aldeia, num dia em que uma mulher quase desmaiava de chorar» («José Barros. A vinha crescendo da pedra», Susana Moreira Marques, Público, 12.08.2013, p. 10).

     O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora regista apenas que é o «indivíduo que martela» — mas há martelos e martelos, e no caso talvez se trate de um martelo pneumático.

 

  [Texto 3178]

«Gibraltarino» e «gibraltino»

E já não é mau

 

 

      «A Assembleia Geral da ONU aprovou várias resoluções apelando ao início de negociações entre Espanha e Reino Unido para pôr fim ao colonialismo em Gibraltar. Isto levou ao referendo de 1967, em que 99,64% dos llanitos (como em Espanha se designam os habitantes de Gibraltar) disseram querer continuar a ser britânicos» («Um troféu de guerra britânico que Espanha nunca desistiu de tentar recuperar pela espada ou pela caneta», Clara Barata, Público, 13.08.2013, p. 25).

      Isso são lá coisas dos Espanhóis, ou de alguns — Álvaro I. Sanromán optou (ou esqueceu-se?) por não a incluir no Dicionário Espanhol-Português da Porto Editora, que de llaneza passa para llano. E nos verbetes gibraltareño e gibraltareños também não a usa. Nós, para os habitantes do Rochedo, só temos duas designações: gibraltarino e gibraltino.

 

  [Texto 3177]